Idade: 55 anos
Ocupação: poeta
Morada: Los Angeles
Objectivo de vida: fazer sexo aos
80 com uma rapariga de 18.
Henry Chinaski adora as mulheres.
Porquê? «Mulheres: gostava da cor das
suas roupas; do modo com andavam; a crueldade de alguns rostos; de quando em
quando, a beleza quase perfeita dum rosto, encantadoramente feminino. Elas
tinham uma vantagem sobre nós: planeavam muito melhor a sua vida, eram muito
mais organizadas.» (pág. 263).
Mulheres narra a vida de um poeta que passa o seu tempo a beber e a
fazer sexo com várias mulheres – muito resumidamente, é isto. Sem se perceber
bem como e porquê –nem o próprio Chinaski o sabe - , um indivíduo de um metro e
oitenta, 100 kilos, que usa meias diferentes, com poucos dentes, barba
desgrenhada, conhece as mulheres mais belas e mais exóticas dos Estados Unidos
e acaba com elas na cama. O “esquema” inclui as mulheres dos melhores amigos.
Auto-biográfica em vários
aspectos, desde o facto de Chinaski ter nascido também na Alemanha e ser poeta,
a obra é repetitiva do princípio ao fim, e escrita de forma simples, directa e
explícita, e roda em torno do sexo: «Pus a sua mão no meu caralho. Agarrei-lhe
no cabelo e puxei-lhe a cabeça para trás, beijando-a violentamente.
Acariciei-lhe a cona. Mexi-lhe no clitóris durante algum tempo. Estava
completamente molhada. Montei-a e enfiei-o.» (pág. 139). Tammie, Katherine,
Joanna, Arlene, Sara, Liza, Cecelia, etc, etc. São tantas.
Até meio da obra, adorei a sua
escrita “drogas, sexo, álcool”, até que depois me comecei a aperceber de que
era sempre isto e, bem, a coisa a modos que se torna repetitiva e entediante.
Mulheres é um bom livro, apesar da rotina que se instala na sua
leitura; a tradução não é das melhores, além de que Bukowski “rende” mais em
inglês, mas revelou-se uma experiência interessante.