Foto: Claudia Rose
Casa cheia em Estugarda para
assistir ao concerto de promoção de Disarm
the Descent e ao regresso de Jesse Leach à banda. Os norte-americanos
Killswitch Engage encontram-se em tour europeia com o apoio dos Sylosis e
Heartist, que se encarregaram de abrir o concerto. O único motivo pelo qual se
consegue justificar uma banda tão banal e genérica como os Heartist a abrir
para os colossos de Massachusetts só pode ser explicado por pertencerem à
RoadRunner Records, editora que aproveitou para promover o seu catálogo
Primavera/Verão com um quinteto que mistura a electrónica/dub step com o techno
dos Scooter, as vozes Katy Perry/berros do metalcore e os resquícios do
moribundo deathcore genérico moderno.
Findos os 25 minutos iniciais de
agonia, os britânicos Sylosis subiram ao palco para debitarem o seu metal
técnico e promover o seu recente disco Monolith,
sacando os primeiros verdadeiros aplausos da noite. Por volta das 22h00, o
sample de Without a Name anunciou a
entrada dos Killswitch Engage em palco e, assim que os músicos se instalaram, The Hell in Me responsabilizou-se pela
primeira injecção de adrenalina no LKA. Profissionais e verdadeiros entertainers, os bem-dispostos membros
da banda prosseguiram com A Bid Farewell
e Fixation on the Darkness, de Alive or Just Breathing, arrancando
sincronização perfeita com um público jovem que sabia de cor e salteado as
letras da obra-prima de Adam Dutkiwewicz e companhia.
Seguiu-se a interpretação de Disarm the Descent sob a forma de New Awakening, momento a partir do qual
se pôde observar o quão bem a banda executa os novos temas ao vivo, assim como a
confirmação da eficiência e dedicação de Jesse Leach: regressou para ficar, sem
margem para dúvidas; ainda que com maior dificuldade em cantar os temas como The End of Heartache (este já em encore)
e Arms of Sorrow, que foram gravados
com o anterior vocalista Howard Jones, Leach portou-se bem e cumpriu com tudo o
que lhe é exigido.
No entanto, e isto é um facto,
Leach e a banda sentem-se verdadeiros peixes na água quando interpretam o
material mais antigo: Numbered Days e
Self Revolution ecoaram pelas paredes
do antigo armazém de Estugarda - convertido hoje num agradável e espaçoso
espaço para concertos -, numa determinação e emoção quase indescritíveis para
quem acompanha a banda desde os seus primeiros passos, onde eu me incluo. Pela
altura em que os riffs de guitarra de Rose
of Sharyn se ouviram na sala, já há muito que os presentes cantavam as
letras de todos os discos com enorme à vontade e alegria, alegria esta aliada
ao êxtase prolongados até ao encore final, onde a banda tocou My Curse, a já referida The End of Heartache e muito provavelmente
o tema mais aguardado da noite: My Last
Serenade.
Em jeito de analogia ao mundo do
desporto, os Killswitch Engage venceram sem espinhas e sem contestação,
(pre)enchendo os corações de todos com aquele sentimento de que podiam ter
tocado mais este e aquele tema; convém porém referir que a banda interpretou 16
temas e ainda estreou No End in Sight
nesta tour europeia. Sem datas marcadas para Portugal, aguarda-se pelo regresso
do quinteto que promoveu, em 2002, Alive
or Just Breathing no Paradise Garage.
Foto: Claudia Rose
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