Certamente bem mais famoso pelo
papel de Jack Nicholson na adaptação ao cinema em 1975, One Flew Over the Cuckoo’s Nest – Voando Sobre Um Ninho de Cucos em português – é considerado um dos
romances norte-americanos mais influentes do século passado. Situado nos anos
60, e abrangendo o grande período pós-segunda grande guerra, este romance
foca-se na crítica aos valores da sociedade norte-americana da época.
A narrativa decorre numa
instituição psiquiátrica e os eventos são-nos narrados por “Chief” Bromden , um
índio-norte-americano que se faz passar por surdo e mudo para não ter que
socializar com os outros residentes. Entre estes, e o que mais se destaca ao
longo do romance, está Randle McMurphy, um rebelde que foi condenado por
violação e que se faz passar por louco para evitar cumprir pena na prisão, e
Nurse Ratched, uma enfermeira controladora autoritarista. Ao longo da obra, é
Murphy o responsável por agitar os residentes, rebelando-os a desafiar o poder
instituído por Ratched.
Ao criar McMurphy, Ken Kessey almejou
provar ao grande público que os verdadeiros loucos não eram os que se
encontravam no manicómio, mas os que vivem numa paz e segurança aparente,
totalmente controlados pelos media e governo norte-americano. Kessey, um
rebelde tal como Jack Kerouac ou Allen Ginsberg, defendia que muitas das
pessoas que iam parar às instituições psiquiátricas não eram loucas de todo;
eram meramente seres que não aceitavam as regras e ideias estabelecidas pela
sociedade, logo considerados loucos que perturbam o establishment.
One Flew Over the Cuckoo’s Nest teve um peso enorme para a época em
que foi publicado, porém o seu problema residiu na falta de capacidade para me
convencer e cativar, enquanto leitor, em relação às ideias interessantes que
transmite.
Nota: esta crítica foi baseada na leitura da obra no seu idioma original, o inglês.
Sem comentários:
Enviar um comentário