sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ken Kessey «One Flew Over the Cuckoo’s Nest»




Certamente bem mais famoso pelo papel de Jack Nicholson na adaptação ao cinema em 1975, One Flew Over the Cuckoo’s NestVoando Sobre Um Ninho de Cucos em português – é considerado um dos romances norte-americanos mais influentes do século passado. Situado nos anos 60, e abrangendo o grande período pós-segunda grande guerra, este romance foca-se na crítica aos valores da sociedade norte-americana da época.

A narrativa decorre numa instituição psiquiátrica e os eventos são-nos narrados por “Chief” Bromden , um índio-norte-americano que se faz passar por surdo e mudo para não ter que socializar com os outros residentes. Entre estes, e o que mais se destaca ao longo do romance, está Randle McMurphy, um rebelde que foi condenado por violação e que se faz passar por louco para evitar cumprir pena na prisão, e Nurse Ratched, uma enfermeira controladora autoritarista. Ao longo da obra, é Murphy o responsável por agitar os residentes, rebelando-os a desafiar o poder instituído por Ratched.

Ao criar McMurphy, Ken Kessey almejou provar ao grande público que os verdadeiros loucos não eram os que se encontravam no manicómio, mas os que vivem numa paz e segurança aparente, totalmente controlados pelos media e governo norte-americano. Kessey, um rebelde tal como Jack Kerouac ou Allen Ginsberg, defendia que muitas das pessoas que iam parar às instituições psiquiátricas não eram loucas de todo; eram meramente seres que não aceitavam as regras e ideias estabelecidas pela sociedade, logo considerados loucos que perturbam o establishment

One Flew Over the Cuckoo’s Nest teve um peso enorme para a época em que foi publicado, porém o seu problema residiu na falta de capacidade para me convencer e cativar, enquanto leitor, em relação às ideias interessantes que transmite.

Nota: esta crítica foi baseada na leitura da obra no seu idioma original, o inglês.

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