sábado, 14 de julho de 2012

«Iron Sky»


Afinal o Terceiro Reich não foi derrotado na segunda guerra mundial. Em vez disso, os nazis foram colonizar a Lua e viver lá felizes para sempre, sem a intromissão dos terrestres.

Em  2018, o planeta Terra comandado pelos Estados Unidos da América (quem mais?) enviou mais alguns astronautas para a Lua, acabando por descobrir a colmeia da nação ariana. O único astronauta sobrevivente é capturado, mas promete ao novo Führer (Hitler morreu mesmo em 1945) que entrará em contacto com a Presidente dos Estados Unidos (que parece uma sósia da republicana Sarah Palin) para receber e apreciar a grandeza nazi. Até aqui nada de original e todos os ingredientes para um grande filme de culto sci-fi/comédia estão reunidos, não faltasse desenvolver melhor o resto do filme.

O humor é previsível, gasto, envolvendo-se quase sempre no não-humor, oscilando entre a propaganda pacífica de O Grande Ditador e a admiração de Charlie Chaplin por Adolf Hitler que este novo império faz passar aos seus cidadãos, as piadas sobre as raças negras e brancas, um astronauta negro que fica albino, o suposto avanço tecnológico dos nazis – ainda que a sua base seja imponente -, a imitação da famosa cena de Hitler na sala com os seus oficiais em A Queda, etc. E como os filmes têm que vender, a professora/namorada do futuro Führer da lua e a assistente da Presidente, que integram o elenco principal, são tipo as gajas de Ermesinde da série Gato Fedorento, ou seja, boas para disfarçar um pouco as prestações e encher o olho masculino.

Os primeiros trinta minutos são interessantes e prometem um novo super filme meio underground, meio Hollywood, mas rapidamente esquece as origens europeias do realizador e se transforma em Los Angeles. 

Argumento: Johanna Sinisalo, Jarmo Puskala, Michael Kalesniko
Realização: Timo Vuorensola

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