A expressão “coçar a micose” foi
a melhor forma que consegui encontrar para descrever a escrita e o livro deste
escritor/pintor/jornalista cubano – um dos melhores da América Latina, rezava a
crítica. Neste romance quase-auto-biográfico, temos uma personagem principal com
o mesmo nome do autor que vive também ela em Havana, Cuba, e que gosta muito de
sexo depravado e de amar muitas mulheres ao mesmo tempo.
Inovador, não é? E o que faz este
escritor/pintor/jornalista para passar o tempo? Aliás, como é o seu dia-a-dia? Pedro Juan,
o don juán, passa a segunda-feira da mesma forma que o domingo: toma café,
fuma, apanha a bebedeira, masturba-se e faz sexo com qualquer mulher que se
cruze com ele… e de facto o homem é mesmo um Camões: nenhuma lhe diz que não.
Todas elas ficam com tantos calores, que vão de imediato para a cama com ele. É
assim o Pedro Juan.
E que mais há para contar sobre a
narrativa? Bem, o espaço é Cuba e Suécia, e o tempo é o final dos anos 90. A nossa
personagem tem namoradas em Estocolmo e em Havana, mas já “comeu” mulheres “belas”
e com “grandes mamas” em todos os países que já visitou – não fosse ele um
pinga-amor, lá está. A descrição e o detalhe dos acontecimentos e das mulheres
é enorme, Pedro Juan Gutiérrez é tão minucioso que vai ao ponto de nos contar
em detalhe o odor vaginal das suas amantes. Umas cheiram a peixe, outras a
pêssego, outras a queijo. Só faltou mesmo indicar se era robalo, pescada,
pêssego careca e queijo feta ou limiano. Pois.
Em termos de escrita, a cada duas
linhas há uma erecção ou um elogio à sua enorme e jovial ferramenta. E é isto.
Um livro a evitar a todo o custo – quero os meus 5€ de volta, por favor.
Este livro mostra de há um leitor ha perplexidade, que de fato assume uma postura compatível a realidade de forma astuta e depravada nós traz a imagem de Pedro Juan Gutiérrez , vida ativa!
ResponderEliminarComo?
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