Se andássemos sempre ébrios, não
seria assim tão mau, segundo o lema e um dos poemas de Charles Baudelaire: bêbados
de poesia, de vinho, de virtude, mas todos bem alegres de espírito. Urge estar
em contacto com o vento, com os pássaros e com as estrelas e deixar fruir a
poesia com estes.
Nascido em Paris num dos ventres
da Poesia, a França de Henry Michaux, Arthur Rimbaud, Guillaume Apollinaire,
etcétera, etcétera, Baudelaire dedicou uma vida de amor incondicional às letras
e à inovação de uma poesia que o próprio acreditou precisar de alterações, daí
que seja visto como um dos mais importantes poetas da corrente modernista e simbolista.
Escrito em prosa poética, Le Spleen de Paris resulta de uma
compilação de vários poemas publicados entre 1855 e 1867 e aborda algumas
temáticas sociais, literárias e a busca pelo prazer. Charles Baudelaire, ele
mesmo um espírito livre que só se satisfaz através da criação poética, faz
algumas viagens interessantes e constrói poemas interessantes e empolgantes,
mas a maioria dos textos não desperta emoções, deslumbres fortes, como seria de
esperar.
O primeiro contacto com este
autor não foi o mais empolgante, por assim dizer, daí que se esperem melhores sensações
com As Flores do Mal.
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