Um novo super herói sem super poderes com uma também super ajudante sem os referidos super poderes surgem nas perigosas e sujas ruas dos Estados Unidos. Crimson Bolt, armado com uma chave-inglesa, e Boltie tentam dar graça a um filme que roça o enfadonho durante quase toda a sua hora e meia de filme.
Antes de Frank (Rainn Wilson, que tão bom papel desempenhou em A Casa dos Mil Cadáveres, Sete Palmos de Terra, etc) conhecer Libby (Ellen Page, a canadiana que participou nos indies Juno e Tracey’s Fragments) na loja de banda-desenhada onde esta trabalha, Frank trabalha num restaurante a fritar comida, onde, apesar de não ser muito feliz, tinha a companhia da sua esposa Sarah. Um dia qualquer, Sarah (a fantástica actriz daquele super filmão Armageddon que marcou o declínio de Bruce Willis como actor) decide deixar Frank por troca com Jock, um barão da droga interpretado por um Kevin Bacon que desde Mystic River não faz nada de agradável. Dois bons actores versus dois actores não bons.
O que se segue é algo que certamente já adivinhou. Frank decide ir à luta por Sarah. Aproveita pelo caminho para combater algum crime na rua e é eficaz: em caso de dúvida, espetar com a chave-inglesa na cara dos criminosos. Não é tão elegante quanto o Super-Homem, nem tão cavalheiro como o Batman, mas é eficaz. Boltie é a rapariga maravilha, uma espécie de Robin versão inútil que bebe dez latas de Red Bull ao dia. Pouco ou nada funciona aqui e os eventos sucedem-se de forma previsível e demasiado estereotipada e exagerada; a carnificina está, em termos de realização, bem elaborada. Mas até a violência parece uma cópia saída de Planeta Terror e isso, não abona nada em favor de uma ou outra gargalhada que o fim do filme proporciona.
Bem intencionado, escusado e sem brilho, este filme faz-me encarar X-Men como uma espécie de santo graal do cinema de heróis.
Argumento: James Gunn
Realização: James Gunn
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