domingo, 14 de julho de 2013

Boris Pasternak «Doutor Jivago»




Empolgado pela mini-série televisiva, com Keira Knightley no elenco, enveredei pelo romance que deu origem a tudo. Doutor Jivago foi um livro proibido durante muitos anos na Rússia, devido a motivos políticos; de facto, Boris Pasternak foi mesmo impedido de se deslocar a Estocolmo para receber o galardão do Prémio Nobel, mas no resto da Europa poucos ficaram indiferentes a um livro que começou a ser escrito por volta de 1910 e acabado em 1956.

Esta obra de carácter histórico retrata não só o período sangrento das revoluções e convulsões políticas na Rússia do início do século passado, mas também uma história de amor. Iuri Jivago, a personagem central do romance, é um médico/poeta que se opõe às guerras civis e ao ascendente do comunismo no seu país natal, pois ele acredita que esta forma de governo só pode destruir o seu país. Ao longo de sensivelmente 600 páginas, Iuri Jivago – mais conhecido pelas terras por onde passa por Dr. Jivago – e a sua família vão-se desencontrar com frequência, vários dos seus amigos e familiares morrerão às mãos da máquina soviética e o nosso médico apaixonar-se-á umas quantas outras.

Nas primeiras páginas do livro são-nos apresentados e descritos vários personagens, várias famílias, no entanto como são tantos, tornar-se-á muito difícil mais para a frente do romance saber quem é quem, visto que muitos dos intervenientes participarem na narrativa com escassez. Convém reter, no entanto, este triângulo amoroso: Iuri Jivago, Tonia – a sua esposa - e Larissa, o grande amor de Jivago. Entre um ambiente de decepção e morte que as grandes revoluções russas causaram, Jivago tem forças para se dedicar ao amor e aos prazeres da vida.

Doutor Jivago cativou-me nas primeiras páginas do livro, mas cedo caiu no aborrecimento e previsibilidade que muitos dos romances clássicos russos sofrem. Apesar de ser um épico e considerado um dos pilares da literatura do séc. XX, faltaram-lhe argumentos para me convencerem.

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