sexta-feira, 27 de julho de 2012

«A Rede Social»


O título do filme sugere automaticamente uma obra baseada no Facebook - e até o é - mas a verdade é que os valores de amizade e lealdade são o centro deste filme realizado por David Fincher (7 Pecados Mortais, Clube de Combate, O Estranho Caso de Benjamin Button).

Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) é um dos bilionários mais jovens de sempre, mas a sua vida pessoal fica manchada por incidentes que o levaram a tribunal e acusado por vários crimes - entre eles o de roubo de propriedade intelectual que resultaram, como se sabe, em indemnizações milionárias. Zuckerberg, aluno da prestigiada Universidade de Harvard, foi um indivíduo que passou despercebido até ao dia em que decide criar uma rede social reservada a alunos de Harvard e enfrentou um processo instaurado pela própria instituição de ensino devido a violação de privacidade dos alunos. Esta seria a primeira vez que o dono do Facebook enfrentaria acusações graves.

De facto, Zuckerberg conheceu um grupo de alunos que tinha em mente um projecto de criação de um site muito parecido com aquilo que o Facebook se tornou, uma rede social, ideia que Zuckerberg viria a roubar. Eduardo Saverin (Andrew Garfield), co-fundador da maior rede social da actualidade, era o melhor amigo de Zuckerbeg e foi também quem inicialmente contribuiu com verbas para o lançamento à maior escala deste mega projecto, conhecido inicialmente como The Facebook. Entretanto aparece em cena Sean Parker (Justin Timberlake), famoso já na época por ter criado o Napster - que entretanto faliu -, revelando-se uma pessoa traiçoeira e manipuladora que convenceu Zuckerberg a abdicar dos serviços do melhor amigo e atraiu os maiores investidores californianos para a expansão do Facebook.

Sem dúvida que ter a fortuna e a fama será extremamente atractivo, no entanto, pisar o círculo de amigos mais próximos para alcançar esse feito será igualmente pouco ético. A Rede Social relega para segundo plano a fortuna que a empresa mais poderosa da actualidade granjeou aos seus criadores, focando-se antes nos valores humanos dos mesmos. Enquanto filme, é banal em quase todos os aspectos, excepção feita à interpretação de Jesse Eisenberg.

Título original: The Social Network
Argumento: Aaron Sorkin, Ben Mezrich
Realização: David Fincher

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Primeiro romance de Almeida Faria reeditado


Editado em 1962, Rumor Branco, romance de estreia de Almeida Faria, terá nova edição pela Assírio & Alvim. A editora publicará entre 2013 e 2014 a obra "Tetralogia Lusitana", composta por A Paixão (1965), Cortes (1978), Lusitânia (1980) e Cavaleiro Andante (1983).

Rumor Branco valeu a Almeida Faria o Prémio Revelação de Romance, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores, Prémio Aquilino Ribeiro, da Academia das Ciências de Lisboa (1978), o Prémio Dom Dinis, da Fundação da Casa de Mateus (1980), o Prémio Originais de Ficção, da Associação Portuguesa de Escritores e Prémio Universidade de Coimbra de 2010.

sábado, 21 de julho de 2012

António Lobo Antunes «O Esplendor de Portugal»


«Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória.
Às armas, às armas,
Sobre a terra, sobre o mar!
Às armas, às armas.
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões, marchar, marchar.»

O excerto do nosso hino nacional que antecede o este romance do António Lobo Antunes poderia facilmente sugerir uma glorificação a Portugal. Desde os tempos em que o nosso povo se embrulhou com os britânicos (onde se lê “canhões” lia-se “bretões” na versão original de A Portuguesa), das conquistas asiáticas, africanas e parte do continente americano, temos uma certa tendência a viver do passado e não é à toa que temos uma palavra única sem tradução directa no mundo: a saudade. É isso mesmo, foi pela saudade que Salazar enviou milhares de inocentes para combater pela extensão territorial da Metrópole, como se sabe, mas as coisas ainda se complicaram mais quando Portugal decidiu entregar os territórios africanos e não soube domar essa transição.

Uma família que viveu em Angola e que se viu obrigada a retornar a Portugal sugere a dificuldade a má gestão humana e geográfica dos governos portugueses que não protegeram aqueles que se encontravam a viver em Angola de forma honesta, aqueles que se sentiam angolanos, aqueles que reconheciam a igualdade a todos os níveis entre o povo português e o angolano. Mas neste esplendor altamente satírico à pobreza material e espiritual de um povo que conquistou metade do mundo, há quatro personagens que vão narrando os acontecimentos desde os primeiros tempos do domínio salazarista sobre Angola, passando pelo 25 de Abril, guerra civil angolana e total independência do país, sensivelmente até 1995, data da última narração neste romance. As personagens são três filhos e uma mãe que oriundos de uma família que enriqueceu com a exploração dos escravos negros e que construiu laços e negócios de exportação sólidos com outros grandes países europeus e norte-americanos. 

Dois desses filhos são bastardos fruto de relações extra-conjugais entre um pai, que aparece a falar ao longo de alguns capítulos, e uma mãe de uma zona pobre, que decide entregar-lhe a criança a troco de dinheiro. Numa casa de várias traições amorosas onde o luxo não suprime a falta de carinho que algumas personagens desabafam, quase todos se dão mal, especialmente a mãe e Carlos, um mulato desprezado pela própria avó. Os três filhos são enviados para Portugal sensivelmente quando a guerra civil rebenta e as milícias angolanas andam a pilhar e destruir o império português, de onde, como sabemos, os portugueses eram perseguidos. Muito sangue, muita tragédia e muito saudosismo de personagens que experienciam o auge e o declínio do salazarismo em Angola.

O Esplendor de Portugal é obviamente um retrato satírico não só do declínio geográfico e económico, mas também de um povo que vive ainda no passado e que se lamenta por isso. Apesar de ser um bom livro, as cerca de 412 páginas do livro revelam-se pesadas a determinada altura, caindo facilmente na repetição de ideias – ainda que esta técnica de “tortura” seja habitual em António Lobo Antunes.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

«O Grande Gatsby» readaptado ao cinema


O Grande Gatsby, romance da autoria de Francis Scott Fitzgerald, será novamente adaptado ao cinema pela mão de Baz Luhrmann, realizador de Moulin Rouge! e Romeu + Julieta. Leonardo DiCaprio (Revolutionary Road) interpretará o papel do misterioso magnata, Tobey Maguire (Homem-Aranha) será Nick Carraway, Carey Mulligan (Drive) e Joel Edgerton (Warrior - Combate Entre Irmãos) o casal Buchanan.

O filme tem estreia marcada para o Natal desde ano nos Estados Unidos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

«Spun»


O cinema e a televisão estão, de há uns anos para cá, interessados na exploração da temática das drogas pesadas. Cheech & Chong popularizaram nos anos 70 aquilo que hoje está em voga em Breaking Bad e outros filmes interessantes sobre substâncias proibidas que lentamente condenam o consumidor a um fim deplorável já visto em A Vida não é um Sonho

Ross (Jason Schwartman, Gostam Todos da Mesma), Nikki (Britanny Murphy, Sin City - Cidade do Pecado), The Cook (Mickey Rourke, O Wrestler), Cookie (Mena Suvari, Beleza Americana), Spider Mike (John Leguizamo, Terra dos Mortos) e Frisbee (Patrick Fugit, Wristcutters:A Love Story) fazem parte deste elenco de actores famosos que interpretam um grupo de pessoas aparentemente amigas completamente viciados em crystal methamphetamine, também conhecido por “spun”, droga que é conhecida pela adrenalina e energia oferecidas. Vivendo em função da próxima dose e daquilo que The Cook consegue cozinhar, Ross dirige-se regularmente à casa onde vivem Spider Mike e Cookie, que fazem a distribuição da droga. Lá encontra um Frisbee que vive num mundo de vídeo jogos, drogas e música, num estado físico de meter dó (assim como o de Cookie) e uma local onde nem animais gostariam de lá viver. Acaba por conhecer Nikki – que é a namorada de The Cook – de quem se torna amigo e um condutor de serviço/distribuidor de droga.

Em termos de desenrolar da narrativa, assistimos à vida irresponsável de Ross, um jovem que perdeu a namorada e que se esquece da actual companheira atada à cama com a boca e olhos tapados, um jovem que abdica de tudo para ir ter com Spider Mike e “snifar” uns gramas, arranjar um “boost” para se esquecer da sua vida. Há também a vida de stripper de Nikki e do mau relacionamento amoroso, ainda que por vezes este pareça normal, e das suas capacidades mais humanas, por assim dizer. As personagens afirmam aquilo que todos os drogados costumam dizer quando questionados sobre a dependência das drogas, ou seja, que podem parar quando quiserem, mas a verdade é que assistimos aqui a uma completa desorientação e irresponsabilidade dos que consomem crystal methamphetamine. 

Não há um grande sentido de esperança em relação a um futuro melhor ou algo que inclua uma vida sem adrenalina sintética, e creio que a realização não pretendeu dar essa impressão. Spun tem defeitos, a começar pela história que é previsível e com um nível de intensidade baixo para este tipo de temática, mas é um bom filme com um bom elenco de actores.

Argumento: Will De Los Santos, Creighton Vero
Realização: Jonas Åkerlund 

sábado, 14 de julho de 2012

«Iron Sky»


Afinal o Terceiro Reich não foi derrotado na segunda guerra mundial. Em vez disso, os nazis foram colonizar a Lua e viver lá felizes para sempre, sem a intromissão dos terrestres.

Em  2018, o planeta Terra comandado pelos Estados Unidos da América (quem mais?) enviou mais alguns astronautas para a Lua, acabando por descobrir a colmeia da nação ariana. O único astronauta sobrevivente é capturado, mas promete ao novo Führer (Hitler morreu mesmo em 1945) que entrará em contacto com a Presidente dos Estados Unidos (que parece uma sósia da republicana Sarah Palin) para receber e apreciar a grandeza nazi. Até aqui nada de original e todos os ingredientes para um grande filme de culto sci-fi/comédia estão reunidos, não faltasse desenvolver melhor o resto do filme.

O humor é previsível, gasto, envolvendo-se quase sempre no não-humor, oscilando entre a propaganda pacífica de O Grande Ditador e a admiração de Charlie Chaplin por Adolf Hitler que este novo império faz passar aos seus cidadãos, as piadas sobre as raças negras e brancas, um astronauta negro que fica albino, o suposto avanço tecnológico dos nazis – ainda que a sua base seja imponente -, a imitação da famosa cena de Hitler na sala com os seus oficiais em A Queda, etc. E como os filmes têm que vender, a professora/namorada do futuro Führer da lua e a assistente da Presidente, que integram o elenco principal, são tipo as gajas de Ermesinde da série Gato Fedorento, ou seja, boas para disfarçar um pouco as prestações e encher o olho masculino.

Os primeiros trinta minutos são interessantes e prometem um novo super filme meio underground, meio Hollywood, mas rapidamente esquece as origens europeias do realizador e se transforma em Los Angeles. 

Argumento: Johanna Sinisalo, Jarmo Puskala, Michael Kalesniko
Realização: Timo Vuorensola

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Obra completa de Eugénio de Andrade reeditada


A Assírio & Alvim vai começar a editar já no próximo mês de Agosto a obra completa do poeta Eugénio de Andrade. Neste primeiro volume serão publicados As Mãos e os Frutos, Os Amantes sem Dinheiro e Até Amanhã, e no final da publicação de toda a poesia e da prosa serão publicados, em 2019, a Poesia Completa e a Prosa Completa - títulos ainda por decidir.

Recorde-se que Eugénio de Andrade, que venceu o prémio Pen Clube Português, Prémio Vida Literária e Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, entre outros, faleceu em 2005.

«American Pie: O Reencontro»


Treze anos depois do primeiro American Pie e de todas as sequelas e franchisings desnecessárias, os rapazes e raparigas do East Great Falls High School reúnem-se para um fim de semana escaldante e nostálgico. Sim, parece que foi ontem que Jim fornicou uma tarde de maçã para ver como realmente a coisa era

Muito mudou na vida dos adolescentes de Michigan: Jim e Michelle casaram-se e têm um filho, Oz e Heather e Kevin e Vicky seguirem vidas amorosas separadas, embora seja ainda evidente que a atracção está lá, Finch continua apaixonado pela mãe do Stifler, Stifler continua o mesmo miúdo irresponsável, e o pai de Jim está pronto a reencontrar o amor após ter perdido a esposa. Em termos de filme enquanto filme, American Pie: O Reencontro é previsível em todos os aspectos e a receita que fez do primeiro um grande sucesso, continua presente: nudez, actores e actrizes de 30 anos a passarem-se por 18 anos, piadas estúpidas, rapazes da Men’s Health, raparigas da Maxim, partidas infantis e mais coisas estúpidas. Mas resulta tudo de forma razoável.

Depois de se reunirem e verificarem que ainda continuam a ser os mesmos miúdos de sempre, todos estão convidados para uma mega festa e baile de gala no antigo liceu onde todos conjecturaram planos infalíveis para a perda da virgindade – sim, o Sherminator e Nadja também marcam presença, assim como a invocação do termo MILF!. O sentimento de déjà vu e previsibilidade é enorme, mas isso não tira a diversão que a película pode proporcionar. Não estaríamos à espera de muito grande por parte de actores que nunca fizeram nada de realmente importante ou ousado desde a saga American Pie, pois não? No caso de Mena Suvari a situação é ainda mais embaraçosa: um super papel em Beleza Americana e meia dúzia de papéis insignificantes noutros filmes também da mesma categoria.

American Pie: O Reencontro tem à sua volta um sentimento de ternura e nostalgia para quem seguiu a evolução (regressão, neste caso) da franchise – para os adolescentes que obtêm o primeiro contacto com este Jim & Companhia, acredito que seja o seu filme do ano.

Título original: American Reunion
Argumento: Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg, Adam Herz
Realização: Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg

segunda-feira, 9 de julho de 2012

«Terminal de Aeroporto»


Maioritariamente envolvido em projectos com receitas milionárias e em filmes que marcam gerações, Terminal de Aeoporto é uma comédia amorosa e dramática surpreendente e agradável. Para Tom Hanks a sensação das comédias e dramas não é de todo desconhecida se recordarmos Forrest Gump e Sintonia de Amor.

Hanks interpreta o papel de Viktor Navorski, um cidadão da Cracósia (uma nação fictícia localizada algures no leste da Europa) que aterra em Nova Iorque no aeroporto JFK e se vê metido numa questão política invulgar: visto que Cracósia se encontrava num golpe militar, os Estados Unidos da América não a reconhecem como país e Viktor não pode sair do aeroporto, caso contrário será detido… e também não pode ser deportado, visto que não cometeu nenhuma ilegalidade. Baseado na história de Merhan Karimi Nasseri, um cidadão iraniano refugiado que viveu no aeroporto de Paris Charles de Gaulle de 1988 a 2006.

Sem perceber muito de inglês e capaz apenas de articular “bom dia” e “boa noite”, Viktor estabelece amizades instantaneamente graças à sua humildade e bom humor enquanto tenta escapar ao chefe de segurança Frank Dixon (Stanley Tucci) com a ajuda dos seus novos amigos que trabalham no aeroporto. É neste local onde se cruzam diariamente milhares provenientes de variadíssimos destinos que Viktor conhece Amelia (Catherine Zeta-Jones), uma hospedeira de bordo com uma vida amorosa instável que se deixa cativar pela amizade de Viktor.

Divertido e com uma boa dose de ternura, o filme centra-se primariamente na luta de Viktor contra as autoridades e as técnicas que este usa para viver no aeroporto e, numa segunda fase, no romance com Amelia. Não obstante a recepção da crítica com algumas notas medianas, Terminal de Aeoporto enriquece os currículos de Spielberg e de Tom Hanks e entretém-no com muito prazer.

Título original: The Terminal
Argumento: Sacha Gervasi, Jeff Nathanson
Realização: Steven Spielberg 

Gabriel García Márquez com problemas de memória


Depois de recentemente o irmão de Gabriel García Márquez ter anunciado que o vencedor do Prémio Nobel padecia de demência, Jaime Abello, presidente da Fundação de Novo Jornalismo Ibero-Americano (FNPI), afirmou que na realidade o escritor sobre de perda de memória.

Jaime García Márquez lamentou as perdas de memória e lucidez do irmão e confessou que por vezes aquele não reconhece os amigos e os familiares e que a probabilidade de Márquez voltar a escrever é muito reduzida.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Panos Karnezis «A Festa de Anos»


Inspirado na vida de um dos homens mais ricos da história do século passado, o excêntrico magnata grego Aristotelis Onasis, Panos Karnezis escreve sobre a influência do dinheiro e os seus efeitos nas relações familiares.

A Festa de Anos, escrito originalmente em 2007 e editado pela Editorial Bizâncio, apresenta-se como um romance que narra toda a história da família humilde de Marco Timoleon, um homem que começou a ficar famoso entre a alta sociedade de Argentina do início do séc. XX e que se afirmou como um membro influente da sociedade norte-americana quando se mudou para Nova Iorque. Dono das maiores frotas de navios e com dinheiro investido na exploração petrolífera, a vida de Marco Timoleon a nível financeiro é obviamente poderosíssima, exceptuando o lado familiar. Pelo vigésimo quinto aniversário de Sofia, sua filha, o magnata decide dar-lhe uma festa de anos numa ilha privada do mediterrâneo, com a presença da sua esposa (a segunda), sabendo de antemão que Sofia estava grávida do seu biógrafo. Com o objectivo de evitar que o seu neto nasça, Timoleon vai tentar convencer a filha a fazer um aborto.

Timoleon é-nos descrito como um homem de grandes festas, frequentador assíduo de clubes nocturnos, uma pessoa que compra tudo e todos com a sua fortuna, ainda que impotente em relação à forma como os filhos e amigos próximos o encaram. É também um homem muito supersticioso. A narrativa desenvolve-se em avanços e recuos entre o passado e o presente, alternando parágrafos entre 1975 e o final do séc. XIX da família Timoleon, com ênfase especial sobre o pai Victor e a infância e adolescência de Marco em Esmirna, Turquia. A escrita é maioritariamente sóbria e directa, ao estilo de Francis Scott Fitzgerald – de facto, por vezes lembra O Grande Gatsby -, ainda que por vezes apresente alguns sintomas de situações memoráveis ou grandes dinamismos.

Longe de ser um livro fantástico e com poucos episódios empolgantes, A Festa de Anos é um livro que vai bem com o Verão, calmo e simples.