segunda-feira, 7 de maio de 2012

«Wristcutters: A Love Story»


É uma das premissas de várias religiões e é algo que ainda se mantém, tantos milénios depois das suas profecias. Vida depois da morte é uma das características marcantes do budismo, por exemplo, sendo que cada ser reencarna após cada vivência cá no Universo; em Wristcutters: A Love Story, do realizador croata Goran Dukić, há sim a vida depois da morte, mas só para quem se suicida.

Após terminar o seu relacionamento com Desiree (Leslie Bib), Zia vê-se tão melancólico e destroçado que corta os pulsos e despede-se do planeta Terra. Não sendo propriamente uma reencarnação budista, Zia (Patrick Fugit) vai parar a uma dimensão desconhecida e exclusiva apenas a todos aqueles que tenham tirado a sua própria vida; aqui ele conhece Eugene (Shea Whigham), um jovem russo que morreu electrocutado a tocar guitarra e ambos partem à procura de Desiree, onde acabam por conhecer Mikal (Shannyn Sossamon) uma jovem que precisa desesperadamente de falar com a entidade superior do universo, visto que ela não se suicidou. Entretanto, estes três amigos chegam ao acampamento do excêntrico Kneller, interpretado por nada mais, nada menos que pelo cantor Tom Waits. No acampamento todos se apercebem que têm poderes especiais, à excepção de Zia, que se vê apaixonar por Mikal.

Num drama com bons toques de humor, fica no ar a ideia de que todos podem ser feliz mesmo na morte e que esta nunca é a solução para nenhum dos problemas, por mais difíceis que estes se nos apresentem. A interpretação por parte de todo este elenco é boa, no entanto destacaria Shea Whigham - ele que nos dias de hoje é o xerife da Atlantic City de Boardwalk Empire –, especialmente nos momentos mais cómicos em que, por exemplo, aplica um boa sapatada ao irmão que se quer matar e lhe pergunta o porquê de continuar a viver e, claro, Tom Waits que representa uma espécie de figura divina nesta película e que sou da opinião de que deveria apostar mais nesta área do cinema.

Wristcutters: A Love Story apresenta-se como um filme interessante de humor seco e moderadamente criativo onde o poder da vida e do amor se apresenta como a mais valia das nossas vidas.

Argumento: Etgar Keret, Goran Dukić
Realização: Goran Dukić

3 comentários:

  1. I don't understand what you wrote (too lazy to use translator and I'm in hurry, too), but I really really liked that movie! Even it was little bit corny, maybe, but it was lovely.

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  2. Hi, Anni!
    This one is a good one, even though it has its cliché moments indeed. I'm looking forward to watching more movies from this director :)

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  3. Legal. Acabei agora mesmo de assistir e me surpreendeu por ser diferente de tudo que já tinha visto. Acabei achando, olha só, o teu blog por causa dele.
    Dois bons achados, então! :)

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