sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Charles Bukowski «Mulheres»



Nome: Henry Chinaski
Idade: 55 anos
Ocupação: poeta
Morada: Los Angeles

Objectivo de vida: fazer sexo aos 80 com uma rapariga de 18.

Henry Chinaski adora as mulheres. Porquê? «Mulheres: gostava da cor das suas roupas; do modo com andavam; a crueldade de alguns rostos; de quando em quando, a beleza quase perfeita dum rosto, encantadoramente feminino. Elas tinham uma vantagem sobre nós: planeavam muito melhor a sua vida, eram muito mais organizadas.» (pág. 263).

Mulheres narra a vida de um poeta que passa o seu tempo a beber e a fazer sexo com várias mulheres – muito resumidamente, é isto. Sem se perceber bem como e porquê –nem o próprio Chinaski o sabe - , um indivíduo de um metro e oitenta, 100 kilos, que usa meias diferentes, com poucos dentes, barba desgrenhada, conhece as mulheres mais belas e mais exóticas dos Estados Unidos e acaba com elas na cama. O “esquema” inclui as mulheres dos melhores amigos.

Auto-biográfica em vários aspectos, desde o facto de Chinaski ter nascido também na Alemanha e ser poeta, a obra é repetitiva do princípio ao fim, e escrita de forma simples, directa e explícita, e roda em torno do sexo: «Pus a sua mão no meu caralho. Agarrei-lhe no cabelo e puxei-lhe a cabeça para trás, beijando-a violentamente. Acariciei-lhe a cona. Mexi-lhe no clitóris durante algum tempo. Estava completamente molhada. Montei-a e enfiei-o.» (pág. 139). Tammie, Katherine, Joanna, Arlene, Sara, Liza, Cecelia, etc, etc. São tantas.

Até meio da obra, adorei a sua escrita “drogas, sexo, álcool”, até que depois me comecei a aperceber de que era sempre isto e, bem, a coisa a modos que se torna repetitiva e entediante.

Mulheres é um bom livro, apesar da rotina que se instala na sua leitura; a tradução não é das melhores, além de que Bukowski “rende” mais em inglês, mas revelou-se uma experiência interessante.

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